segunda-feira, 15 de abril de 2013

Mar morto
Belo e curioso atrai um mundo inteiro por seus encantos e mistérios. Sua densidade nos permite a sensação de andarmos sobre as águas, um dos mais profundos símbolos da fé. Assim é o mar da internet e suas redes sociais. Redes que, como arrastão, nos levam numa pescaria de pescadores amorais que pegam qualquer peixe, até mesmo os filhotes. Não se dão ao trabalho de prepararem iscas adequadas, de conhecerem as marés e de incorporarem o dom da paciência e da imaginação dos bons contadores de causos. Metáfora esdrúxula, crepúscula, minúscula em tamanha grandeza. Esse mar virtual não nos permite mergulhos profundos. Aqueles dos bravos em escafandros. Mar onde a nadadores incautos podem se perder por acharem que não precisam saber nada. e em meio aos nadas e nadadeiras flutuantes vagamos no mar sem vagas, mar de poucas águas. Mar morto que és, enterras a acuidade das inteligência agudas e emerge a gravidade das idiotices. Mar sem porto. Mar morto.

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