Boas novas!
As instituições são
resultado da busca que o ser adota para que suas expectativas de realização e
de preservação possam ser plenas. Cada uma delas é importante na medida em que
são capazes de afirmar os fins aos quais se destinam.
Entretanto, conforme as
instituições tomam corpo, passam a ganhar "vida" por meio daqueles
que as representam. Quando ganham essa "dádiva", começam a trilhar
caminhos perigosos e imprecisos. São caminhos que confundem as existências. É o
momento em que aquele que representa o corpo institucional pode se deixar iludir
pela sedutora sensação que se incorpora a potestade que se atribui de maneira
simbólica às instituições.
Esse é o túmulo de
qualquer instituição, pois é o momento em que o ser passa a acreditar que é
aquilo que de fato não é. É o instante em que a mentira toma corpo na vida
daqueles que deveriam dignificar as grandes verdades da vida. Por isso é uma
espécie lato senso das heresias.
Sacrilégio, profanações e indignidades.
A perversidade dessa
realidade comum em nossos dias, e em quase todos os setores, está no fato de
que quem deveria dar o exemplo maior é justamente quem comete os piores erros
contra aquilo que representa. Ora, se o ícone maior que deveria edificar uma
causa é o primeiro na lista de inimigos das verdades as quais representa,
aqueles que estão sobre a sua égide reproduzirão sem culpas tais erros e,
assim, a verdade é sufocada dando lugar a mentira como sendo a implacável
verdade naquele setor da vida humana. Toda vez que não estamos muito certos do
que acreditamos, tendemos a nos tornar implacáveis, pois queremos, de forma
inconsciente, convencer a nós mesmos.
Dessa forma, como
acreditar naquilo que tal instituição representa? Seria como uma adesão à
ilusão, mesmo sabendo que dali nenhum êxito será logrado.
Estamos vivendo
momentos em que não tem sobrado pedra sobre pedra de cada uma das instituições que
edificamos ao logo de nossa história. Sinais dos tempos. Sim, um apocalipse nos
envolve a cada dia, pondo fim ao mundo que edificamos por todo esse tempo. Não
um escrito pelos roteiristas de Hollywood, não o que os fanáticos religiosos
pintam de forma medonha para que as pessoas se submetam às suas loucuras. Vivemos
um apocalíptico momento em que um novo tempo se descortina diante de nós. As "grandes
prostitutas" instituições perdem o poder de encantamento e, por
consequência, os seus poderes de sedução.
De hoje em diante, a
cada momento, veremos que a fé se sobreporá às religiões; as artes, às mídias; o
trabalho, ao emprego; a política, aos partidos; o bem estar social, ao estado;
ao amor, ao casamento; e tudo o mais terá suas edificações mortas sendo
substituídas pela verdade do que elas representam.
Tudo que está escondido
se revelará, porquanto o alto grau de informação ao qual chegamos nos
concederam as chaves da verdade e, como amplamente sabemos, a verdade liberta.
Portanto, estejamos prontos para exercer essa liberdade, sendo capazes, como
essência de vida, de ressuscitar cada uma dessas instituições com seus novos
paradigmas.
Que venha o novo para
que o ser que nasce em cada um de nós possa viver plenamente o seu tempo! O
tempo de verdade.
Ricardo Le Duque
09/08/2014 às 16:28