sábado, 8 de novembro de 2014




Boas novas!


As instituições são resultado da busca que o ser adota para que suas expectativas de realização e de preservação possam ser plenas. Cada uma delas é importante na medida em que são capazes de afirmar os fins aos quais se destinam.
Entretanto, conforme as instituições tomam corpo, passam a ganhar "vida" por meio daqueles que as representam. Quando ganham essa "dádiva", começam a trilhar caminhos perigosos e imprecisos. São caminhos que confundem as existências. É o momento em que aquele que representa o corpo institucional pode se deixar iludir pela sedutora sensação que se incorpora a potestade que se atribui de maneira simbólica às instituições.
Esse é o túmulo de qualquer instituição, pois é o momento em que o ser passa a acreditar que é aquilo que de fato não é. É o instante em que a mentira toma corpo na vida daqueles que deveriam dignificar as grandes verdades da vida. Por isso é uma espécie lato senso das heresias. Sacrilégio, profanações e indignidades.
A perversidade dessa realidade comum em nossos dias, e em quase todos os setores, está no fato de que quem deveria dar o exemplo maior é justamente quem comete os piores erros contra aquilo que representa. Ora, se o ícone maior que deveria edificar uma causa é o primeiro na lista de inimigos das verdades as quais representa, aqueles que estão sobre a sua égide reproduzirão sem culpas tais erros e, assim, a verdade é sufocada dando lugar a mentira como sendo a implacável verdade naquele setor da vida humana. Toda vez que não estamos muito certos do que acreditamos, tendemos a nos tornar implacáveis, pois queremos, de forma inconsciente, convencer a nós mesmos.
Dessa forma, como acreditar naquilo que tal instituição representa? Seria como uma adesão à ilusão, mesmo sabendo que dali nenhum êxito será logrado.
Estamos vivendo momentos em que não tem sobrado pedra sobre pedra de cada uma das instituições que edificamos ao logo de nossa história. Sinais dos tempos. Sim, um apocalipse nos envolve a cada dia, pondo fim ao mundo que edificamos por todo esse tempo. Não um escrito pelos roteiristas de Hollywood, não o que os fanáticos religiosos pintam de forma medonha para que as pessoas se submetam às suas loucuras. Vivemos um apocalíptico momento em que um novo tempo se descortina diante de nós. As "grandes prostitutas" instituições perdem o poder de encantamento e, por consequência, os seus poderes de sedução.
De hoje em diante, a cada momento, veremos que a fé se sobreporá às religiões; as artes, às mídias; o trabalho, ao emprego; a política, aos partidos; o bem estar social, ao estado; ao amor, ao casamento; e tudo o mais terá suas edificações mortas sendo substituídas pela verdade do que elas representam.
Tudo que está escondido se revelará, porquanto o alto grau de informação ao qual chegamos nos concederam as chaves da verdade e, como amplamente sabemos, a verdade liberta. Portanto, estejamos prontos para exercer essa liberdade, sendo capazes, como essência de vida, de ressuscitar cada uma dessas instituições com seus novos paradigmas.
Que venha o novo para que o ser que nasce em cada um de nós possa viver plenamente o seu tempo! O tempo de verdade.
Ricardo Le Duque
09/08/2014 às 16:28


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